Bahia / Educação
porDaniela Pereira
Publicada em 09/03/2013 09:20:41
Mais do que nunca, o espírito de patriotismo estará presente nas
escolas. O motivo é que a partir do dia 15, professores e diretores de
escolas públicas e privadas que não executarem o Hino Nacional em sala
de aula serão multados.
Por enquanto, a medida está valendo para três cidades do interior baiano: Olindina, Crisópolis e Itapicuru.
A decisão, tomada pelo juiz José Brandão Neto, titular da comarca que
reúne os três municípios, criou polêmica entre alunos e educadores.
De autoria do deputado Lincoln Portela (PR-MG), a lei federal que
determina o canto da “Pátria amada, salve, salve!” é de 1971, porém a
obrigação semanal foi assassinada em 2009, pelo vice-presidente que
estava em exercício, José Alencar.
Não existe na lei data e hora obrigatória para execução, ficando a critério dos estabelecimentos de ensino.
Também não estava previsto, pena para quem não cumprisse a medida.
Porém, o juiz José Brandão Neto, também autor do “Toque de Acolher”,
estipulou uma multa de um a quatro salários mínimos para quem não acatar
a ordem.
De acordo com João Batista de Souza, diretor do Colégio Anchieta,
como a lei já existia há alguns anos é provável que a imposição da multa
tenha ocorrido pelo descumprimento da regra. “Toda segunda-feira
cantamos o hino na nossa escola. Independente da lei. Acho que é
obrigação desenvolver o espírito de nacionalidade e cidadania nas
crianças. Faz parte da educação. Como podemos formar uma pessoa, sem que
ela conheça o Hino Nacional?”, questionou o diretor, ressaltando a
necessidade de uma lei para despertar uma atividade considerada comum,
por outras nações. “Em outros países, as pessoas cantam o hino
naturalmente. Aqui, só começamos esta prática depois da ditadura e com o
advento da Copa do Mundo”, afirma.
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